quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Oficinas de Escrita


Coração, Cabeça e Estômago…
Era uma vez um castelo que se situava por detrás de um céu cinzento e de muitas trovoadas. Esse castelo era uma escola de feiticeiros de onde já tinham saído os melhores da história dos feiticeiros.
Hoje era o primeiro dia de aulas para muitos como o João, um jovem feiticeiro.
- Bom dia! - disse o professor Lamúrias com um tom de voz um pouco desafinada.
- Bom dia, senhor professor! – responderam os alunos.
- Como sabem, este é o vosso primeiro dia de aulas e … - continuou ele com aquelas apresentações normais - … e espero que gostem.
Passaram-se meses, dias, e o João sempre com as mesmas rotinas: aulas, comer, estudar, dormir, aulas, comer, estudar, dormir… Até que chega um dia muito especial, o dia que todos os jovens feiticeiros esperam, o Concurso Anual de Jovens Feiticeiros. Aquele dia em que todos os jovens se têm de lembrar das aulas que tiveram com o professor Lamúrias, principalmente da última:
- Sei que estão todos eufóricos pelo dia do concurso, mas lembrem-se de uma coisa fundamental, para aquele concurso é preciso ter Coração, Cabeça e Estômago…
No dia do concurso:
- Boa noite a toda a gente que se encontra neste recinto. Venho apresentar o centésimo octogésimo segundo concurso anual de jovens feiticeiros em que 299 alunos terão de disputar a taça “Jovem Feiticeiro”. Sem mais “parlapier” vamos dar início à primeira prova: a prova sentimental!
Nesta prova todos os alunos estiveram fechados numa sala isolada, criada por magia, em que em todas as paredes da sala aparecia um filme, conforme fosse a fraqueza de cada um, uns de terror, outros lamechas…Havia uns que choravam, outros que corriam pela sala aterrorizados, outros simplesmente ficaram a olhar. Depois passaram outra vez para o recinto.
- Passaram nesta prova 89 alunos, cujos nomes são: Ana, Alberto, Carlos, Catarina, João… - disse o apresentador – E vamos passar para a segunda prova: a inteligência em primeiro!
Para passarem a prova tinham que ter inteligência suficiente para se conseguirem tirar de si mesmos, ou seja, o seu corpo continuava intacto mas eles estavam diminuídos, tinham entrado em si mesmos, para conseguirem sair era preciso ir até ao cérebro e comandar uma mensagem para o resto do corpo, para ele lançar um feitiço para conseguirem sair de lá.
- Muitos parabéns àqueles que passaram a prova “era preciso ter cabeça”… Passaram 13 alunos para a seguinte prova, até estou nervoso… A prova do estômago! Esta prova consiste em que consigam comer 69 pedaços de massa de pão crua sem lhes acontecer nada.
- Que a prova comece! – disse o apresentador.
Logo à primeira dentada uns alunos desistiram.
- Que horror, aquele vomitou-se… Ah! Aquela está-lhe a sair pelo nariz e olhem aquele, aquele, aquele é o único que sobra, os outros estão desqualificados, já temos vencedor! Sobe, sobe ao palco! E então, como te sentes?
E com um simples olhar ele vomita-se.
- Ooooh! Que pena, estás desqualificado. Bem, neste ano não há vencedor, até para o ano!
E assim termina a história de uma data de miúdos enjoados e um vencedor-vencido.
Diana Alegria 8º C

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


AUTOR DO MÊS







Biografia
Daniel Sampaio nasceu em Lisboa em 1946. Viveu em Sintra, até aos 15 anos, residindo desde então sempre em Lisboa.Casou em 1970, com Maria José Cabeçadas Ataíde Ferreira. Tem três filhos, o João, o Miguel e o Daniel e cinco netos, o Francisco, o Gonçalo, o Manuel, o João e a Rita.

Hobbies:
Ouvir música clássica
Ler ficção
Ver futebol
Brincar com gatos


Actividade profissional
Biografia:
Formou-se em Medicina em 1970;
Obteve o Doutoramento em Medicina, na Especialidade de Psiquiatria, em 1986;
Professor Catedrático de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa;
Responsável da disciplina de Psiquiatria 1, do 4º ano do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Lisboa;
Coordenador do Núcleo de Estudos do Suicídio do Hospital de Santa Maria;
Foi um dos introdutores, em Portugal, da Terapia Familiar, a partir da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar (fundada em 1979).
Interesses profissionais:
Tem-se dedicado ao estudo dos problemas dos jovens e das suas famílias, através de trabalhos de investigação na área da Psiquiatria e da Adolescência.
Tem organizado, no Hospital de Santa Maria, o atendimento de jovens com Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa.
Na Rádio Renascença, teve um programa denominado Sociedade do Conhecimento, em que também participaram Luís Osório e Paulo Sérgio.
O livro Vagabundos de nós, de Daniel Sampaio, foi adaptado ao teatro. A peça esteve em cena, no Teatro Maria Matos, de 17 de Março de 2004 a 18 de Abril de 2004 e foi vista por cerca de 6000 pessoas. Os actores da peça foram a Márcia Breia e o Nuno Lopes. A encenação foi de Luís Osório.


Porque Sim

A Razão dos Avós

Daniel Sampaio, conversas com João Adelino Faria

Lavrar o Mar

Árvore sem Voz

Vagabundos de Nós

Lições do Abismo

Tudo o Que Temos Cá Dentro

A Arte da Fuga

Vivemos Livres numa Prisão

A Cinza do Tempo

Voltei à Escola

Inventem-se Novos Pais

Vozes e Ruídos

Ninguém Morre Sozinho

Que divórcio?

Terapia Familiar

Droga, pais e filhos



Porquê? Porque sim. Pois, como diz o autor, continuo a acreditar que vale a pena participar e que o caminho estará na atenção aos sentimentos do outro e à possibilidade de nos reconectarmos a todos os níveis. Num momento em que se privilegia a socialização à distância pela Internet, nunca é demais salientar a importância de criar proximidade com quem está ao alcance do nosso olhar, num movimento renovado de criação de laços afectivos tanto quanto possível duradouros.







"Quanto maior é a dúvida sobre o passado,
mais perguntas surgem a questionar o presente"











Daniel Sampaio surpreende-nos com a espantosa quase-ficção que resultou em mais um novo título, Tudo o Que Temos Cá Dentro.
As emoções que este belíssimo livro provoca, o leitor poderá descobrir e sentir à medida que se deixar envolver por estas páginas preenchidas por dois percursos fascinantes, os de Nuno e Rita, protagonistas num universo que sabemos existir, mas que nem sempre temos a coragem de enfrentar.



Neste livro, uma vez mais, o centro da preocupação são os jovens. Desta vez, Daniel Sampaio, mostra-no-los, lá onde os grandes problemas dos «verdes anos» se manifestam talvez com maior clareza: a escola. A relação dos jovens entre si, a relação dos jovens com os adultos professores (e vice-versa). Aqui tudo está implicado, tudo se revela.




Neste livro o diálogo é com os pais. Sobretudo para lhes chamar a atenção para os filhos. Os adolescentes têm que ser ouvidos, têm que ser entendidos pelos pais através dos sinais que emitem.
Com este livro, o professor Daniel Sampaio ajuda os pais a interpretar esses sinais, a elaborar a resposta certa. Para que o diálogo se mantenha, e, com o diálogo, a possibilidade de uma relação saudável entre pais e filhos.
Inventem-se Novos Pais é, em suma, um livro indispensável para todos quantos querem levar a cabo com êxito a difícil tarefa da paternidade.


[...]Quanto a mim, o principal mérito deste livro reside no facto de, sem nunca abandonar o rigor científico, tocar o leitor pouco habituado a este género de escritos no mais íntimo de si mesmo: a sua adolescência e a sua morte, a sua alegria e a sua dor. Creio firmemente tratar-se de uma das raras obras de cuja leitura se sai diferente: mais aberto a nós próprios e ao que nos rodeia, mais conscientes e serenos acerca da aventura de viver. Porque, em derradeira análise, é somente isto que Daniel Sampaio é: um mestre da vida e da lucidez do amor.
António Lobo Antunes
E-mail: d.sampaio@netcabo.pt

Página pessoal: A idade dos porquês

Hospital:
Professor Daniel Sampaio
Hospital de Santa Maria
Serviço de Psiquiatria
Av. Egas Moniz
1600 Lisboa
Telefone: 21-780 51 37 Fax: 21-795 79 57 Consultório:
Professor Daniel Sampaio
R. de Campolide, 51 - 6º Esq.
1070 Lisboa
Telefone:21-388 47 44