quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Síring Figures



A Biblioteca recebeu na passada 3ª feira uma actividade diferente “ Siring Figures”. A Professora Joaquina Caeiro contou-nos uma história com base na tradição aborígena utilizando fios para a ilustrar.
No final, alunos e professores, caracterizados de índios, mostraram os seus dotes nesta arte...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Lançamento do Livro Alma Lusitana


Inserido na Feira do Livro realizou-se hoje o lançamento do livro Alma Lusitana, da autoria do aluno João Baptista do 10º E. O livro de poesia foi apresentado pelos colegas de turma, numa cerimónia que contou com a presença de alunos, professores e funcionários.
Parabéns João!

terça-feira, 8 de junho de 2010

OFICINA DE ESCRITA


A Menina que Roubava Livros
Maria era uma menina pobre, não tinha dinheiro nem sequer para comprar umas calças, uma boneca ou algo que a entretivesse. Raramente ia à escola porque tinha que limpar e tratar da casa e também porque lhe faltava dinheiro para poder comprar os livros, mas a sua vontade de aprender era tão grande que, pelo menos, conseguiu aprender a ler.
Era bem-disposta, divertida e bastante amorosa, a sua infância fora difícil, pois via todos os seus amigos com prendas e bem vestidos, mas mesmo assim estava sempre com um sorriso no rosto.
Pela primeira vez, quando fez 12 anos, os seus pais puderam comprar-lhe uma prenda, foi um dia inesquecível para ela, a prenda de aniversário era um livro. Mais feliz do que nunca, decidiu começar a ler, lia mal, mas a sua vontade de começar a ler o livro era tão grande que rapidamente começou a ler bem.
Depressa acabou de o ler e um dia foi a uma livraria. Viu imensos livros que adorou, mas como não tinha dinheiro para comprar nenhum, decidiu esconder um deles por baixo da blusa e fugir para casa. Tudo correu bem, porém acabou de o ler rapidamente e com a tentação de ler um outro livro, decidiu ir à livraria colocar o que tinha acabado de ler e trazer outro. Isto repetiu-se durante muito tempo.
A senhora da livraria começou a achar estranho porque via muitas vezes lá a menina e ela nunca comprava nada, até que, um dia, resolveu espreitar e viu a Maria retirar um livro de debaixo da blusa e a colocá-lo no seu sítio e a pôr, novamente, um outro por baixo da blusa. Espantada, decidiu chamá-la, disse-lhe que aquilo não se devia fazer e a menina começou a chorar, contou-lhe que não tinha dinheiro para comprar os livros e por isso levava-os para os poder ler, mas que depois os voltava a colocar sempre no mesmo sítio.
A senhora achou graça e fez-lhe uma proposta, como já ia ficando velhinha tinha alguma dificuldade na arrumação dos livros e então perguntou-lhe se ela queria ir ajudando nessas tarefas mais complicadas, podendo, em troca, levar os livros que quisesse para ler e é claro que a menina disse que sim.
A Maria, muito contente, decidiu ir para casa contar aos pais, os quais ficaram muito orgulhosos da sua filha!
Sofia Pequito 8ºA

terça-feira, 25 de maio de 2010

NOVIDADES


COLECÇÃO DE AUTORES LUSÓFONOS

"Estorvo" de Chico Buarque;
"Os Dois Irmãos" de Germano Almeida;
"Kikia Matcho" de Filinto de Barros;
"O Hóspede de Job", de José Cardoso Pires;
"Parábola do Cágado Velho" de Pepetela;
"A Varanda de Frangipani", de Mia Couto.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Escritor do Mês- Ondjaki


Ndalu de Almeida tem 31 anos, nasceu em Luanda. É simpático, embora o seu tom reservado não honre o lado comunicativo dos angolanos. Prefere ser tratado pelo pseudónimo, já que o nome está reservado para a intimidade familiar. Escreve poesia quando ela acontece e através da prosa desnuda a vivência urbana de Luanda, à qual está preso por força de uma juventude prisioneira da guerra.
O autor cresceu no bairro Alvalade, na Maianga e, entre as preocupações sociais, olha as crianças como a esperança da intervenção. Com a intervenção social e cultural junto das crianças poderemos semear coisas boas para o futuro, defende o escritor, que actualmente faz um desvio à sua tendência natural de escrita. Essa preocupação resultou em duas histórias infantis: Ynari: A Menina das Cinco Tranças e O Leão e o Coelho Saltitão, livro baseado num conto tradicional do Moxico e que está prestes a ser lançado em Angola pela Nzila.
A primeira oportunidade de editar poesia surgiu em Luanda. Depois foi a editora Chá de Caxinde. Em Portugal, a editora Caminho abriu-lhe as portas, três anos depois de ter enviado um original pelo correio. Em Angola é a Nzila que edita as suas obras. Como escritor, liberto de prazos e de qualquer pressão ideológica, afirma que viver da escrita é muito difícil, mas a gente vai-se desenrascando. Porém, Ondjaki não vive só da escrita. Farto-me de trabalhar. Escrevo crónicas para jornais, dou aulas de escrita criativa e consultoria, disse. Também já andou pelos caminhos do guionismo, escreveu os quatro primeiros guiões de uma série da TPA, que se chama Sede de Viver e, em co-autoria com Kiluanje Liberdade, produziu o guião para o documentário sobre Luanda, Oxalá Cresçam Pitangas. O teatro também o tentou, escreveu uma peça para o Festival Africano em Portugal, que esteve para ser encenada no Teatro Dona Maria II, mas que acabou por não estrear em palco.
Recebeu vários prémios internacionais entre os quais o prémio do conto “Camilo Castelo Branco 2008” atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores devido ao livro Os da Minha Rua, uma cativante colecção de contos relativos à sua infância passada na Maianga. No mesmo ano venceu o prémio “Grinzanefor África” na categoria de jovem escritor. Quanto a planos para o futuro, Ondjaki tenciona terminar um livro infantil e trabalhar num novo romance.
BIBLIOGRAFIA
- Actu Sanguíneu(poesia). Angola: iNALd, 2000
- Há Prendisajens com o Xão (poesia). Portugal: Caminho, 2001
- Bom Dia Camaradas (romance). Portugal: Caminho, 2003.
- Momentos de Aqui (contos).Portugal: Caminho, 2001.
- O Assobiador (novela). Portugal: Caminho, 2002.
- Ynari: A Menina das Cinco Tranças (infantil).Portugal, Caminho, 2004
- E Se Amanhã o Medo (contos).Portugal: Caminho, 2005.
- Quantas Madrugadas Tem a Noite (romance). Portugal: Caminho, 2004.
- Os da Minha Rua (estórias,2007). Portugal: Caminho. Brasil: Língua Geral
- AvóDezanove e o Segredo do Soviético (romance). Portugal: Caminho, 2008. Brasil: Companhia dasLetras, 2009.
- O Leão e o Coelho Saltitão (infantil).Portugal: Caminho, 2008.
- Materiais para a Confecção de um Espanador de Tristezas (poesia).Portugal: Caminho, 2009

quinta-feira, 18 de março de 2010

1º festival literário

“I Festival Literário da Escola Secundária Mouzinho da Silveira”

Decorreu, na semana de 8 a 12 de Março, o “I Festival Literário da Escola Secundária Mouzinho da Silveira”.
Iniciativa conjunta do Departamento de Línguas e da Biblioteca Escolar, este I Festival reuniu eventos que pretendiam receber condignamente os alunos e professores do Projecto Sócrates Comenius oriundos de Espanha, França, Itália e Turquia (num total de 35), evocar José Régio, enquanto escritor e professor do Liceu e ainda celebrar a Semana da Leitura.
Estes objectivos foram plenamente atingidos através das actividades levadas a cabo e que mostraram a Escola Secundária Mouzinho da Silveira como ela, de facto, é – um local que privilegia a aquisição de conhecimentos, sim, mas que simultaneamente se revela viva, divertida, preocupada com a formação dos seus alunos a nível cognitivo mas também com a alegria, propiciando a criatividade e, porque é abrangente, com a apropriação do conhecimento emanado, a nível local, dos artesãos tradicionais a quem abriu as suas portas numa “Mostra” de trabalhos em barro, cortiça, bordados, doçaria… que decorreu durante todo o dia 10.
A técnica da Ilustração foi explicada pelo Professor Joaquim Ferreira e a de Trabalhos em Feltro, pela Professora Olga Rego que apresentaram as suas criações e promoveram “workshops” com os alunos que neles participaram activamente e com grande satisfação. Também a mostra de “Decoupage” da autoria da D. Célia, nossa prezada funcionária, foi devidamente apreciada por todos aqueles que deambularam pela superlotada Sala de Convívio dos Alunos.
O estilista Tiago Pires apresentou a sua nova colecção que integra pormenores dos famosos bordados de Nisa e a Passagem de Modelos (com alunas do 11.º F do Curso de Animadores Socioculturais) foi um dos momentos altos do dia e da semana.
Também o Concerto que decorreu na tarde de 4.ª feira foi empolgante e ganhou a adesão de todos os que assistiram à apresentação das Bandas “Funfarra” e “Joker”constituídas por alunos e professores da Escola e que continuam a revelar artistas talentosos.
José Régio foi evocado através de uma Exposição que contou com a apresentação de dados biográficos e bibliográficos, inúmeras fotografias e depoimentos e ainda com a presença do espólio que bem marca a sua passagem pelo antigo Liceu, hoje Escola Secundária Mouzinho da Silveira. Falamos do seu Registo Biográfico enquanto professor desta Instituição, uma Acta e um teste manuscritos, o manuscrito da peça “Um Sonho de uma Véspera de Exame”… que são pertença da Escola. A sua poesia ecoou pela voz das alunas do 12.º B num “Recital de Poesia” que prestou homenagem não só a Régio mas ainda a Fernando Pessoa e a diversos poetas a que os alunos do Projecto Comenius deram voz e alma. A prosa recordada uniu, mais uma vez Régio à cidade de Portalegre com a palestra “Portalegre vista por Régio em Davam Grandes Passeios ao Domingo da responsabilidade da Professora Conceição Brás.
A Semana da Leitura foi festejada e com ela todos os alunos (à excepção dos do 12.º ano, por razões óbvias) tiveram um primeiro contacto com o romance de José Régio O Príncipe com Orelhas de Burro.
O Festival foi encerrado no dia 12 com a entrega, pela Directora, Professora Arlanda Gouveia, dos prémios aos vencedores dos concursos de poesia e prosa levados a efeito durante o presente ano lectivo. Presente em todas as actividades que a sua disponibilidade lhe permitiu, era evidente a sua satisfação pelo envolvimento de todos os elementos da Comunidade Educativa neste evento.
Seguiram-se duas leituras dramatizadas pelos alunos do 12. E (The Library) e do 10.º A (adaptação em verso da lenda A Dama Pé de Cabra). Foi um momento perfeito, já vivido pelos pais dos alunos intervenientes no dia anterior, pelas 18 horas. Foi a chave de ouro de uma semana inesquecível.

Conceição Brás

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Oficina de Escrita



Era uma vez...
Num país distante, morava uma menina muito feia chamada Cinderela. A rapariga era horrível: tinha os olhos tortos, a cara flácida, tinha duas enormes verrugas no queixo e era gorda, tão gorda que tinha de se pôr de lado e encolher a barriga para poder passar pelo portão da entrada. Cinderela vivia com a sua Madrasta numa enorme e rica mansão, vigiada 24 horas por dia por quarenta guardas e três cães para poder proteger as riquezas da casa e as suas filhas, que eram estrelas Pop com muito sucesso por todo o mundo.
Apesar de toda esta riqueza, a vida da Cinderela era muito triste: tinha de lavar toda a casa, de cima abaixo e ainda fazer as refeições. Houve uma altura em que Cinderela ia apanhando um esgotamento, mas lembrou-se de que só os ricos é que podiam ter doenças nervosas, por isso apenas apanhou uma constipação. Certa altura, há cerca de dois anos, chegara uma carta à imaculadíssima mansão da Madrasta, que dizia:
Caros habitantes do Reino,
Venho por este meio anunciar que irá haver uma festa no Palácio Real, onde terão de participar todas as raparigas do nosso majestoso território. O motivo da festa é escolher a Miss Contos Encantados deste ano. A vencedora poderá ainda casar com o Príncipe do nosso Reino. A festa será amanhã à noite. Volto a referir que por mais feia que seja a senhora, terá de comparecer na festa.
Atenciosamente,
O Secretário Real
Como fora Cinderela a abrir a porta, fora a primeira a ler a carta. Ficou de tal modo contente que uma das suas verrugas desapareceu. Depois, pegou na carta, subiu as escadas e chegou ao quarto da Madrasta. Esta estava a olhar-se ao espelho, como normalmente fazia.
- Senhora – disse Cinderela educadamente – chegou uma carta do Palácio.
Ela entregou-lhe a carta e saiu. Quando ia a chegar ao patamar, ouviu a voz da Madrasta chamá-la.
-Sim, Senhora? - perguntou Cinderela, voltando ao quarto.
- Aonde pensas que vais? - questionou a Madrasta, venenosamente.
- I... ia arranjar-me para a Festa de amanhã.
- Oh! Querida, que pena não poderes ir.
- O quê?! – Cinderela atirou o cabo da vassoura para o chão.
- Tem calma, querida. Só não podes ir porque vais estar demasiado ocupada a tratar de nós. Vamos precisar de várias coisas... - e começou a enumerá-las, mas Cinderela nem a ouvia. Sentia a raiva fervilhar dentro de si.
- Escute, – interrompeu ela – na carta diz que todas as raparigas do Reino...
- Sim, sim. Pois é. Mas, querida, mesmo que fosses não ganharias. Já olhaste para ti?
Cinderela pegou na vassoura e dirigiu-se para o seu quarto.
- Ah! Só mais uma coisa. – Cinderela parou de andar, mas não se virou. - Diz ao narrador para parar de me chamar Madrasta. Não tem estilo! Diz para me tratar por... Britney.
Cinderela foi, finalmente, para o seu quarto. Não queria saber das ordens da Madra... quer dizer, Britney. Iria ao Baile mesmo sem uma Fada Madrinha…e foi mesmo isso que aconteceu…
A noite da Festa chegou. Britney e as suas filhas já tinham partido nas suas limusinas e Cinderela estava no seu quarto, a suspirar, olhando pela janela, vendo o crepúsculo desaparecer e dar lugar à noite de veludo. A certa altura, como se de um raio se tratasse, apareceu uma senhora jovem e esbelta, com óculos no rosto e uma agenda electrónica na mão, estava suspensa no ar por um par de asas.
- Ah! - disse Cinderela – Estava a ver que nunca mais aparecia nenhuma.
- Desculpa, filha! Mas há mais histórias para salvar. - olhou para a agenda. - Despacha-te a dizer o que queres, a seguir tenho de ir fazer crescer o cabelo da Rapunzel.
- Bem, queria poder ir à Festa do Príncipe.
- Ui! Filha, vamos ter de fazer muita coisa…- agarrou no braço de Cinderela e levantaram voo pela janela. - A tua sorte é que a Corporación Dermoestética ainda está aberta.
Quando chegaram à festa havia uma passadeira vermelha desde a entrada do pátio até ao grande salão. Cinderela saiu da limusina e passou, elegantemente, no meio dos flashes. Estava muito bonita. Tudo tinha sido mudado: uma plástica no rosto, retiraram-lhe a gordura, realçaram o peito e pintaram-lhe o cabelo de amarelo dourado. Quando entrou no salão, todos os rostos se viraram para ela, incluindo as suas irmãs que estavam a um canto a conversar com o Elvis Presley. Uma rapariga muito simpática chegou-se ao pé da Cinderela e disse-lhe:
- Olá! Sou a Branca de Neve. Nunca te tinha visto por cá.
- Olá! Sou a Cinderela. Estás doente? É que estás assim... com um ar pálido.
- Olá! - disse outra voz.
Quando Cinderela se virou viu o Príncipe e ficou logo caidinha de amores.
- Queres dançar? - perguntou o rapaz.
Cinderela nem disse nada. Pegou no braço dele, atirou-o para a pista de dança e dançaram toda a noite... Até que o Príncipe lhe perguntou:
- Queres casar comigo?
- Claro! Isso pergunta-se?
Nessa altura, Cinderela sentiu a plástica a saltar do rosto e a gordura a voltar ao seu sítio.
- Venho já, está bem? - e desatou a correr pela cidade fora. - Malditas empresas que prometem beleza eterna. Nunca são de fiar!
O príncipe, esse, nunca mais a viu, pois Cinderela passou alguns anos a vomitar, para ver se conseguia emagrecer.
Quando finalmente se tornou bela, o Príncipe já tinha casado com a Bela Adormecida.
Guilherme Romão 8º B

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sugestão de Leitura


O Planeta Branco

Miguel Sousa Tavares
Ilustrações de Rui Sousa
Capa dura. Oficina do Livro 2005.
87 páginas.

Lydia, Lucas e Baltazar são as três personagens a bordo da nave Ítaca-3000. São, portanto, a tripulação desta nave, que parte do deserto do Sahara, com o objectivo de descobrir água no planeta Orizon S-3. Este nome tem origem no nome do seu descobridor, Óscar Rizón, da Guatemala; como se localizava no terceiro sistema solar, daí S-3.
De ano para ano os cientistas vêm observando que o ciclo da vida natural está alterado, e existem muitos problemas ligados ao meio ambiente que estão a destruir a vida na terra. Assim, é preciso pôr em marcha uma missão de salvamento do planeta Terra – a missão de Ítaca-3000.
Durante dois meses de viagem, os astronautas dedicam-se às missões de rotina e tudo decorre com normalidade. Para mantê-los em contacto com a Terra estavam Marko e Bianca, os dois assistentes do chefe da missão em terra. Marko e Bianca vão-lhes transmitindo informações úteis e distraindo-os, ao mesmo tempo, para que os momentos de tédio sejam ultrapassados.
Porém, na sua trajectória ocorreu um erro de cálculo e o planeta Orizon S-3 não ficava onde os cálculos indicavam. Deste modo, Ítaca, depois de uma grande turbulência, em que os três astronautas pensavam ser o seu fim, foi desviada para o Planeta Branco, onde Lydia, Lucas e Baltazar chegaram inconscientes. Quando acordaram deram-se conta de que, apesar de o relógio indicar que só tinham passado doze horas, os seus físicos tinham a aparência de por eles terem passado trinta anos.
Uma vez desembarcados do planeta, foram recebidos por um senhor de branco, que lhes disse ser aquele o sítio para onde vão os que morrem na terra; no entanto, os que morrem cedo, por acidente, os que foram bons na terra transformam-se em estrelas e estão espalhados pelo universo inteiro. O senhor de branco informou-os de que, ao saberem tudo o que se passa na terra, souberam também que eles se estavam a afastar da sua rota e atraíram-nos para aquele planeta para depois os reencaminharem para a terra, para aí acabarem os seus dias.
Os astronautas foram ainda informados de que a morte não é o fim de tudo, é sim o fim do que se conhece, mas depois iniciamos uma outra etapa da nossa existência, isto é, a morte é só o descanso da vida. Quiseram saber se iriam encontrar o planeta Orizon, se valeria a pena continuarem a sua busca, ao que o senhor de branco lhes retorquiu que não poderia responder a isso. Simplesmente os aconselhou a amarem a terra e a honrarem a vida que receberam, pois são os homens que vivem na terra que têm o dever de a salvar.
Lydia, Lucas e Baltazar regressaram à nave e partiram, notando que, progressivamente, os seus corpos voltavam a ter o aspecto jovem de anteriormente, e não se lembravam do que havia acontecido nas últimas horas. Voltaram a ter contacto com Marko e Bianca e receberam indicações para regressarem para Terra, pois já haviam feito muito pelo seu planeta.

Grupo 410

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Oficinas de Escrita


Coração, Cabeça e Estômago…
Era uma vez um castelo que se situava por detrás de um céu cinzento e de muitas trovoadas. Esse castelo era uma escola de feiticeiros de onde já tinham saído os melhores da história dos feiticeiros.
Hoje era o primeiro dia de aulas para muitos como o João, um jovem feiticeiro.
- Bom dia! - disse o professor Lamúrias com um tom de voz um pouco desafinada.
- Bom dia, senhor professor! – responderam os alunos.
- Como sabem, este é o vosso primeiro dia de aulas e … - continuou ele com aquelas apresentações normais - … e espero que gostem.
Passaram-se meses, dias, e o João sempre com as mesmas rotinas: aulas, comer, estudar, dormir, aulas, comer, estudar, dormir… Até que chega um dia muito especial, o dia que todos os jovens feiticeiros esperam, o Concurso Anual de Jovens Feiticeiros. Aquele dia em que todos os jovens se têm de lembrar das aulas que tiveram com o professor Lamúrias, principalmente da última:
- Sei que estão todos eufóricos pelo dia do concurso, mas lembrem-se de uma coisa fundamental, para aquele concurso é preciso ter Coração, Cabeça e Estômago…
No dia do concurso:
- Boa noite a toda a gente que se encontra neste recinto. Venho apresentar o centésimo octogésimo segundo concurso anual de jovens feiticeiros em que 299 alunos terão de disputar a taça “Jovem Feiticeiro”. Sem mais “parlapier” vamos dar início à primeira prova: a prova sentimental!
Nesta prova todos os alunos estiveram fechados numa sala isolada, criada por magia, em que em todas as paredes da sala aparecia um filme, conforme fosse a fraqueza de cada um, uns de terror, outros lamechas…Havia uns que choravam, outros que corriam pela sala aterrorizados, outros simplesmente ficaram a olhar. Depois passaram outra vez para o recinto.
- Passaram nesta prova 89 alunos, cujos nomes são: Ana, Alberto, Carlos, Catarina, João… - disse o apresentador – E vamos passar para a segunda prova: a inteligência em primeiro!
Para passarem a prova tinham que ter inteligência suficiente para se conseguirem tirar de si mesmos, ou seja, o seu corpo continuava intacto mas eles estavam diminuídos, tinham entrado em si mesmos, para conseguirem sair era preciso ir até ao cérebro e comandar uma mensagem para o resto do corpo, para ele lançar um feitiço para conseguirem sair de lá.
- Muitos parabéns àqueles que passaram a prova “era preciso ter cabeça”… Passaram 13 alunos para a seguinte prova, até estou nervoso… A prova do estômago! Esta prova consiste em que consigam comer 69 pedaços de massa de pão crua sem lhes acontecer nada.
- Que a prova comece! – disse o apresentador.
Logo à primeira dentada uns alunos desistiram.
- Que horror, aquele vomitou-se… Ah! Aquela está-lhe a sair pelo nariz e olhem aquele, aquele, aquele é o único que sobra, os outros estão desqualificados, já temos vencedor! Sobe, sobe ao palco! E então, como te sentes?
E com um simples olhar ele vomita-se.
- Ooooh! Que pena, estás desqualificado. Bem, neste ano não há vencedor, até para o ano!
E assim termina a história de uma data de miúdos enjoados e um vencedor-vencido.
Diana Alegria 8º C

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


AUTOR DO MÊS







Biografia
Daniel Sampaio nasceu em Lisboa em 1946. Viveu em Sintra, até aos 15 anos, residindo desde então sempre em Lisboa.Casou em 1970, com Maria José Cabeçadas Ataíde Ferreira. Tem três filhos, o João, o Miguel e o Daniel e cinco netos, o Francisco, o Gonçalo, o Manuel, o João e a Rita.

Hobbies:
Ouvir música clássica
Ler ficção
Ver futebol
Brincar com gatos


Actividade profissional
Biografia:
Formou-se em Medicina em 1970;
Obteve o Doutoramento em Medicina, na Especialidade de Psiquiatria, em 1986;
Professor Catedrático de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa;
Responsável da disciplina de Psiquiatria 1, do 4º ano do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Lisboa;
Coordenador do Núcleo de Estudos do Suicídio do Hospital de Santa Maria;
Foi um dos introdutores, em Portugal, da Terapia Familiar, a partir da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar (fundada em 1979).
Interesses profissionais:
Tem-se dedicado ao estudo dos problemas dos jovens e das suas famílias, através de trabalhos de investigação na área da Psiquiatria e da Adolescência.
Tem organizado, no Hospital de Santa Maria, o atendimento de jovens com Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa.
Na Rádio Renascença, teve um programa denominado Sociedade do Conhecimento, em que também participaram Luís Osório e Paulo Sérgio.
O livro Vagabundos de nós, de Daniel Sampaio, foi adaptado ao teatro. A peça esteve em cena, no Teatro Maria Matos, de 17 de Março de 2004 a 18 de Abril de 2004 e foi vista por cerca de 6000 pessoas. Os actores da peça foram a Márcia Breia e o Nuno Lopes. A encenação foi de Luís Osório.


Porque Sim

A Razão dos Avós

Daniel Sampaio, conversas com João Adelino Faria

Lavrar o Mar

Árvore sem Voz

Vagabundos de Nós

Lições do Abismo

Tudo o Que Temos Cá Dentro

A Arte da Fuga

Vivemos Livres numa Prisão

A Cinza do Tempo

Voltei à Escola

Inventem-se Novos Pais

Vozes e Ruídos

Ninguém Morre Sozinho

Que divórcio?

Terapia Familiar

Droga, pais e filhos



Porquê? Porque sim. Pois, como diz o autor, continuo a acreditar que vale a pena participar e que o caminho estará na atenção aos sentimentos do outro e à possibilidade de nos reconectarmos a todos os níveis. Num momento em que se privilegia a socialização à distância pela Internet, nunca é demais salientar a importância de criar proximidade com quem está ao alcance do nosso olhar, num movimento renovado de criação de laços afectivos tanto quanto possível duradouros.







"Quanto maior é a dúvida sobre o passado,
mais perguntas surgem a questionar o presente"











Daniel Sampaio surpreende-nos com a espantosa quase-ficção que resultou em mais um novo título, Tudo o Que Temos Cá Dentro.
As emoções que este belíssimo livro provoca, o leitor poderá descobrir e sentir à medida que se deixar envolver por estas páginas preenchidas por dois percursos fascinantes, os de Nuno e Rita, protagonistas num universo que sabemos existir, mas que nem sempre temos a coragem de enfrentar.



Neste livro, uma vez mais, o centro da preocupação são os jovens. Desta vez, Daniel Sampaio, mostra-no-los, lá onde os grandes problemas dos «verdes anos» se manifestam talvez com maior clareza: a escola. A relação dos jovens entre si, a relação dos jovens com os adultos professores (e vice-versa). Aqui tudo está implicado, tudo se revela.




Neste livro o diálogo é com os pais. Sobretudo para lhes chamar a atenção para os filhos. Os adolescentes têm que ser ouvidos, têm que ser entendidos pelos pais através dos sinais que emitem.
Com este livro, o professor Daniel Sampaio ajuda os pais a interpretar esses sinais, a elaborar a resposta certa. Para que o diálogo se mantenha, e, com o diálogo, a possibilidade de uma relação saudável entre pais e filhos.
Inventem-se Novos Pais é, em suma, um livro indispensável para todos quantos querem levar a cabo com êxito a difícil tarefa da paternidade.


[...]Quanto a mim, o principal mérito deste livro reside no facto de, sem nunca abandonar o rigor científico, tocar o leitor pouco habituado a este género de escritos no mais íntimo de si mesmo: a sua adolescência e a sua morte, a sua alegria e a sua dor. Creio firmemente tratar-se de uma das raras obras de cuja leitura se sai diferente: mais aberto a nós próprios e ao que nos rodeia, mais conscientes e serenos acerca da aventura de viver. Porque, em derradeira análise, é somente isto que Daniel Sampaio é: um mestre da vida e da lucidez do amor.
António Lobo Antunes
E-mail: d.sampaio@netcabo.pt

Página pessoal: A idade dos porquês

Hospital:
Professor Daniel Sampaio
Hospital de Santa Maria
Serviço de Psiquiatria
Av. Egas Moniz
1600 Lisboa
Telefone: 21-780 51 37 Fax: 21-795 79 57 Consultório:
Professor Daniel Sampaio
R. de Campolide, 51 - 6º Esq.
1070 Lisboa
Telefone:21-388 47 44